Vicente Matheus, um mito da história corintiana.

Foi presidente do Corinthians por oito mandatos (1959, 72, 73, 75, 77, 79, 87 e 89), sendo eleito pela primeira vez em 1959. Era considerado um dirigente à moda antiga, usava recursos próprios para financiar projetos do clube.
Na sua presidência, o Corinthians conquistou alguns dos títulos mais importantes de sua história. O Paulista de 1977, pondo fim ao jejum de 23 anos sem título e o Campeonato Brasileiro de 1990, até então, o único título nacional que o Corinthians tinha.

Era conhecido por ser folclórico e criar de frases que entrarem para a história do futebol, propositalmente ou não, sua frases atravessam gerações e ainda divertem torcedores de todos os clubes. Vicente Matheus foi um dos dirigentes esportivos mais carismáticos e populares em todo o Brasil.

Vejas sua frases mais famosas:

  • “Jogador tem que ser igual ao pato, que é um ser aquático e gramático”.
  • “Haja o que hajar o Corinthians será campeão”.
  • “Agradeço à Antártica pelas Brahmas que nos mandou”.
  • “Quem sai na chuva é para se queimar”.
  • “Não contratei o Falcão, mas contratei o Lero-Lero” (Quis dizer Biro-Biro).
  • “Peço aos corintianos que compareçam às urnas para naufragar nossa chapa”.
  • “Quero mesblar jovens e velhos da diretoria”.
  • “Tive uma infantilidade muito triste”.
  • “O difícil, como todos sabem, não é fácil”.
  • “De gole em gole, a galinha enche o papo”.

Só para não passar em branco e informar quem ainda não conhece a história, vai outra frase do ex-presidente corintiano: “O Sócrates é inegociável, invendável e imprestável”. Se referindo às especulações de outros clubes interessados no doutor.

Tem uma história legal sobre a contratação de Sócrates no final da década de 70, Vicente Matheus foi para o interior de São Paulo, atrás de Sócrates, que era então jogador do Botafogo de Ribeirão Preto. Como o São Paulo estava querendo também comprar o jogador, mas precisava primeiro vender o volante Chicão. Vicente Matheus, muito perspicaz, enviou seu irmão para negociar com os dirigentes são-paulinos, enquanto isso, o ex-presidente corintiano contratou o jogador. Só para registrar, conta-se que nessa época “para ajudar” no exame antidoping se tomava antes duas garrafas de cerveja, Sócrates pedia uma caixa. Convidava o Casagrande ou outro parceiro de clube e só depois que tomasse todas ele fazia o exame. Dentro de campo, na minha opinião foi o maior jogador que já vestiu a camisa do Corinthians. Saudoso tempo do futebol, uma época onde o futebol era mais paixão e menos dinheiro.

Vicente Matheus era casado com Marlene Matheus, que com seu apoio foi presidenta do clube no período de 91-93.
Ele deixou a diretoria em 1993, e morreu no dia  8 de fevereiro de 1997 aos 88 anos, de insuficiência pulmonar, provocada por um câncer generalizado, após ficar 14 dias internado no Instituto do Coração, em São Paulo.

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